terça-feira, 12 de junho de 2012

Revolução de 32



O mês de junho já esta chegando a sua metade e os escoteiros se preparam para o grande desfile de 09 de julho que todos é realizado no Obelisco Ibirapuera.
Para que todos saibam um pouco mais do motivo dessa comemoração segue um breve resumo da história da Revolução de 32.

O Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera ou Obelisco de São Paulo, é um monumento funerário brasileiro localizado no Parque do Ibirapuera, São Paulo.
Símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, o obelisco é o maior monumento da cidade e tem 72 metros de altura. A construção do monumento foi iniciada em 1947 e e concluída em 1970. Tombado pelos conselhos estadual e municipal de preservação de patrimônio histórico, o mausoléu do Obelisco guarda os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – mortos durante a Revolução de 1932 -, cujas iniciais formam a sigla MMDC, o grande símbolo da revolução, e de outros 713 ex-combatentes, inclusive do escoteiro Aldo Chiorato que ocupa um local de destaque por ter sido o único menino em combate.
ALDO CHIORATO, 9 anos de idade, escoteiro foi convidado pelo Comando do Exército Constitucionalista MMDC para a função de mensageiro secreto entre o Comando e as Unidades Militares sediadas em vários locais da cidade de Campinas. Aconteceu, porém, que numa de suas idas e vindas, foi mortalmente ferido por um avião da ditadura. Em plena agitação de uma guerra civil, o escoteiro ALDO CHIORATO foi sepultado no Cemitério da cidade, sem qualquer manifestação oficial.

Algumas décadas depois, o fato chegou ao conhecimento da Diretoria da Sociedade Veteranos de 32 – MMDC, que, através da Comissão de Sindicância, constatou que o menor ALDO CHIORATO, no dia em que foi morto, estava a serviço do Exército Constitucionalista MMDC, nas funções de mensageiro. Sendo reconhecido como herói da Revolução Constitucionalista de 1932.
Em 04/07/1966, exumados no Cemitério de Campinas, os despojos do menino ALDO CHIORATO foram levados em cortejo para a Câmara Municipal da cidade, que convocou sessão solene para a primeira homenagem ao menino herói de 32. A urna contendo os seus restos mortais permaneceu em vigília na Câmara Municipal até o dia seguinte, quando foi levada em cortejo por Diretores da Sociedade MMDC e ex-combatentes campineiros até o Mausoléu do Ibirapuera, em São Paulo, juntando-se a outros heróis que foram imortalizados no Panteon de 32, no mesmo dia. O pequeno grande herói escoteiro ALDO CHIORATO recebeu as honras militares e religiosas como ex-combatente de 32.

O Obelisco é um projeto do escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, que chegou ao Brasil em 1923, quando tinha 34 anos de idade, pois estava fugindo de um regime fascista em seu país. O obelisco, feito em puro mármore travertino, foi inaugurado em 9 de julho de 1955, um ano após a inauguração do Parque do Ibirapuera. A Revolução Constitucionalista, Revolução de 1932 e Guerra Paulista foram os nomes dados ao movimento armado ocorrido no Brasil entre julho e outubro de 1932.
O obelisco carrega uma simbologia muito rica: das sepulturas dos heróis, no subsolo do Monumento, até o topo são 81 metros, número cuja soma dos algarismos e a raiz quadrada resultam em 9. A altura do Obelisco é de 72 metros: novamente a soma é igual a 9. São nove os degraus na entrada e, internamente, existem três grupos de três arcos, formando 9 arcos, unidos “na tríplice perfeição”. A base maior do trapézio, no chão, para quem olha o monumento de frente, tem 9 metros, a base menor, em cima, tem sete metros, e a largura da cripta, embaixo, tem 32 metros, ou seja, a data da revolução: 09/07/1932.
A simbologia também está presente no desenho do gramado ao redor do Monumento, que possui área de 1.932 metros quadrados e forma um coração onde está enfincada a espada (símbolo do Obelisco) que sagrou a vitória política, apesar da derrota militar dos paulistas. Afinal, ao ver seu governo em risco, o presidente Getúlio Vargas dá início ao processo de reconstitucionalização do país, levando à promulgação em 1934 de uma nova Constituição.

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